quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Curiosidades e memórias da AJS (17) | “NOSSA VACINA É A INFORMAÇÃO”

Guga (esq.), Luzia, Salomão, Maria e Celma
Na foto, a equipa de activistas da AJS (Associação Juvenil para a Solidariedade) comandada pelo mobilizador social António Salomão Gando, durante a sensibilização interpessoal na área do Curral, Catumbela, enquanto decorria o Afrobasket 2007. A promoção da saúde pública exige, a AJS através dos seus projectos intensifica cada vez mais e melhor a marcha pelas comunidades, disseminando informação e sensibilizando moradores face à necessidade de prevenir o risco de propagação das infecções de transmissão sexual (ITS).

Não é fácil o trabalho dos activistas, sobretudo para os voluntários, tendo em conta que as comunidades escolhidas situam-se em elevações, desde o São João, Lobito, até à área do Morro do Galo ou Alto-Chimbuila, Catumbela, percorrendo a via rápida. Mas mais difícil é vencer o ainda reinante baixo nível de informação, não só sobre questões de saúde pública, mas também sobre a cidadania no geral.


Para se ter uma ideia das dificuldades, a Oficial de Terreno do Projecto “Viver Contra a Sida-3, Cidadania e saúde preventiva” (VCS), Luzia José, conta:


“Algumas pessoas que nunca tinham ouvido falar da A.J.S e das actividades que realizamos, pensavam que dávamos vacina contra a Sida, mas esclarecemos que a nossa vacina é a informação, já outros pensavam que fazíamos parte da Administração (mesmo identificados); achavam que íamos tirar os seus terrenos."


Mas nem tudo é constrangimento. Também contou a “nossa” Luzia que da comunidade se recebe encorajamento e colaboração. E, parafraseando uma moradora, “é de louvar o vosso trabalho, porque estão a passar uma informação muito válida e importante não só para agora mas também para toda vida”.


O conforto vem da sensação do dever cumprido, na hora de avaliar cada passo dado, e a noção do acumular de experiências, como considera Luzia:


“Em cada dia que vamos tendo contacto com a comunidade através de actividades programadas pela equipa do Projecto VCS, as experiências aumentam e é visível a receptibilidade na atitude das pessoas que abordamos. Por isso, nosso lema é “Por amor à Vida, vamos todos viver contra a Sida”.


AJS—“A cidadania é resultado de um exercício permanente de educação e comunicação”.

In Boletim “A Voz do Olho” (AV-O), Ano 1, Edição Nº 8, Setembro de 2007
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