quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Morreu Shimon Peres, presidente de Israel, até ao momento o único que alguma vez fotografei e que passou por mim a uma distância de pouco menos de dois metros. Shimon Peres era tido (até mesmo pelos palestinianos) como comedido e conciliador. Guardarei dele a emblemática simplicidade com que interagiu com escritores e livreiros numa sala com mais de duzentos participantes em 2013, apertando ao mão a muitos na cerimónia da entrega do galardão da 26.ª Feira do Livro de Jerusalém

Feira do Livro em Jerusalém homenageia escritor espanhol Antonio Muñoz Colina. Cerimónia de abertura presenciada pelo presidente israelita, Shimon Peres

S. Peres e escolta.
Abriu as portas ao público a 26ª edição da Feira Internacional do Livro em Jerusalém, capital de Israel, aproximando editores, escritores e livreiros de 14 países da África, Europa, Ásia e América. Angola, Brasil e Portugal partilham o pavilhão da comunidade de falantes da língua portuguesa.

No discurso de abertura, o chefe de estado israelita e Prémio Nobel da Paz, Shimon Peres, destacou a aspiração de fazer de Jerusalém “a capital do livro”, ao que associou a relevância da “paz no coração de cada um”. Em boa forma física, o octogenário usou do bom humor para a advertência que se impõe quanto ao cultivo do hábito de leitura. “Na era do facebook, ainda se podem ler livros em Jerusalém”, referiu.
  
Instituída em 1963, a Feira Internacional do Livro em Jerusalém tem periodicidade bienal, sendo que cada ocasião premeia um escritor cuja obra “expresse a ideia de liberdade do indivíduo na sociedade”. Na presente edição, coube o galardão ao espanhol Antonio Muñoz Colina, 57 anos. Colina sublinhou que “a literatura não é produzir conteúdos”, pois “contar histórias não é senão um meio de nos mantermos vivos”.

A. Colina
Avaliado em dez mil dólares americanos, o prémio consagrou também Bertrand Russel (1963), V.S. Naipaul (1983), Mario Vargas Llosa (1995) e António Lobo Antunes (2005), para não nos alongarmos na lista.

A Feira Internacional do Livro em Jerusalém decorre até à próxima sexta-feira, 15/02. No pavilhão da língua portuguesa, o espaço será ainda animado com a presença dos escritores José Luis Peixoto e Lídia Jorge (Portugal), Frederico Ningi e E. Bonavena (Angola), entre outros.
Gociante Patissa, Jerusalém 10 Fevereiro 2013.
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