segunda-feira, 30 de abril de 2012

Actualização sobre o Eleven e o uso indevido da minha fotografia

Acabo de receber dois emails, um do dono da empresa, outro do rapaz que elaborou o outdoor, onde reconhecem o erro cometido e prometem emendar cedo amanhã, com aplicação de vinil (não sei o que isso é). 


Quero agradecer a todos pelo apoio e decidi flexibilizar na resolução do assunto, pelo que amanhã, quando for aplicada tal medida, darei por encerrado o assunto.


Uma boa semana a cada um de vocês.


Gociante Patissa

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sábado, 28 de abril de 2012

Este será para mim o mais lindo poema de amor, da lavra do companheiro Fridolim Kamolakamwe. É daqueles pedaços de texto e sentimento que dispensam declamação... Waposoka cimwe!!!

“Barco em nenhures”

De costas viradas
Buscamos o que só em ambos existe de cupido.
Como duas almas famintas se apalpam na escuridão.
O mar bravio, o choro furtivo de um cão
Um verso vazio, neste sim de dizer não:
lágrimas mal dormidas. Até que o vento decida de novo soprar 

tu e eu na direção da nossa cama
Fardada de solidão

Fridolim Kamolakamwe

Luanda,aos 28 de Abril de 2012
Fonte: http://fridolimkamolakamwe.blogspot.com/
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SOCORRO: Alguém me ajuda a desactivar janelas pop-up involuntárias nos meus Blogues http://angodebates.blogspot.com e http://ombembwa.blogspot.com?

Como geralmente uso google chrome, não me tinha dado conta. Fui advertido por um leitor e parceiro, o que vim mais tarde a confirmar usando windows explorer. Pelos transtornos, até o problema ficar superado, as minhas sinceras desculpas. 
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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Há que continuamente promover a cultura de pensar em pensar, digo eu.
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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Há já um tempinho que não me sentia tão empolgado por um livro de poesia. Acabei de comprar o livro Bairro Judaico, de Mário Rui de Oliveira, bem daqueles textos que muito aprecio. É pena não se ler qualquer referência biográfica do autor, mas isso de "pancadas" é previsível em artistas. editado pela Assírio e Alvim, 2003. São 53 pagininhas, elas que me aguardem!!!
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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Estive a ler ontem notícia de (mais um) assassinato de cidadão português em Luanda, alegadamente por meliantes, quando saía do banco com cerca de 6 mil dólares. Segundo a notícia, sobe para seis o número de cidadãos portugueses assassinados nos últimos cinco meses. A polícia, que já anunciou estar em curso a investigação para deter os criminosos, é citada como tendo refutado a hipótese de se tratar de tendência criminal crescente, visando conterrâneos de Luís de Camões. Seja lá qual for a visão oficial, a mim parece justificar-se um estudo sociológico, tendo em conta a característica comum entre os assassinados: empresários portugueses. Por que será? O que os torna "tão" vulneráveis, comparativamente a outros estrangeiros, a exemplo de libaneses, chineses, brasileiros, africanos de modo geral, entre outros?
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sábado, 14 de abril de 2012

Cartoon: uma vergonha chamada hábitos de golpe de estado na Guiné Bissau

Fonte: Do Jornal de Angola

Nota do Blogue Angodebates: Qualquer leitor atento perceberá que os Guineenses, entenda-se militares e outros adeptos da matança, se agarram ao mínimo detalhe para justificar golpes. Desta vez diz-se que a culpa é das autoridades angolanas que se teriam imiscuído, através do embaixador e também da MISSANG, nos assuntos de soberania estatal. Mas, então, e das outras vezes...?
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domingo, 8 de abril de 2012

Resumo da antologia "Balada dos Homens que Sonham", por Carla Ribeiro


Como um breve conjunto de contos que pretende ser um ponto de partida para um projecto mais vasto se poderia definir esta antologia. É, aliás, assim que António Quino, o organizador, a apresenta na sua Introdução, prosseguindo em Conversas de Homens no Conto Angolano com uma reflexão sobre o que define o conto enquanto género literário e a linha que une os contos desta antologia, numa exposição clara e, contudo, algo poética, que promete muito de bom para os contos que se seguirão.

E o primeiro conto é O Caminho do Meu Pai, de Timóteo Ulika. História de um homem em fuga e da sua importância numa família que regressa ao quotidiano, este conto breve e relativamente simples marca pela reflexão sobre como, após cada perda, a rotina acaba sempre voltar. Rotina essa que se interliga com o percurso de aprendizagem do narrador a partir daquilo que observa. Do mesmo autor, segue-se A Morte de Satito, história de uma execução. Neste conto, impressiona particularmente a descrição da crueldade, feita com uma simplicidade que lhe potencia o impacto. Mais uma vez, a forma simples e directa de apresentar as coisas acaba por as tornar mais reais.

De Eduardo Bettencourt Pinto surge o conto Balada ao Pai. Tendo como ponto de partida o homem que percorre as memórias do pai doente, este conto, também breve e simples, surge com o ritmo irregular das memórias, numa reflexão sobre a efemeridade da vida.

A Derrota Repetida em Ombandia, de E. Bonavena, apresenta um homem que sonha com as mulheres amadas. Descritivo, com um toque de surreal na forma como os desejos se entrelaçam com a realidade, é, no essencial, um conto introspectivo, com algo de ambiguidade, mas cativante e com uma escrita quase poética.


Em Casa de Orates, José Luís Mendonça fala de uma casa feita de nada e da mulher que nela reina. Curioso pelas particularidades das figuras que apresenta e marcante pela simplicidade com que o faz, um conto curto e simples, mas surpreendente.

Histórias e Memórias Desancoradas, de António Fonseca, trata das memórias de um grupo e dos sonhos que o tempo levou. Introspectivo, em tom de nostalgia, esta história é feita, em grande parte, dos pequenos fragmentos que definem a memória, funcionando como uma reflexão sobre a imprevisibilidade do futuro. 


Por sua vez, Sandumingu, de Frederico Ningi, fala de um nome e do homem que o usa. Ritmo e estrutura peculiares fazem com que o enredo seja difícil de seguir, ficando a impressão de não haver propriamente uma linha narrativa, mas antes o que parece ser uma sucessão de fragmentos. O resultado é uma vaga impressão de estranheza.

Seguem-se dois contos de João Tala. Josefa Confissão fala de uma mulher e das vozes dentro de si. Com um início algo confuso, mas envolvente a nível de escrita, tem como ponto forte a ideia interessante em que algo de estranheza e um toque de surreal servem de base para o que culmina num final particularmente bem conseguido. Ua Sasuama, por sua vez, apresenta a história de um homem manipulado pelas intrigas de uma mulher. Envolvente, tendo como base uma situação curiosa que é desenvolvida de forma intrigante, tem os seus momentos caricatos, mas é, na globalidade, um conto interessante.

Também Zetho Cunha Conçalves tem dois contos nesta antologia. O primeiro é O Inferno e a Morte na Palma da Mão, história de um sobrevivente da guerra. Breve, directo e preciso, trata-se de um curto mas impressionante retrato da vida em tempos desolados.Samira Rosa e a Crítica Física trata de um tema bastante diferente: da vida íntima de um casal e de uma forma peculiar de dizer não. Curioso, tendo como base uma situação algo caricata, começa por ser um pouco confuso, mas cresce em envolvência para culminar num final bastante... esclarecedor.

Conversas de corpos e almas entre um homem e uma mulher são o que define O Corpo no Cabide, de José Eduardo Agualusa. Ambíguo, introspectivo, mas cativante, quer a nível das reflexões, que da história que nelas se entretece, trata-se, em suma, de uma história interessante e muito bem escrita.

Segue-se A Nova Sociedade, de Carmo Neto. Aqui, a história é a da ascensão e queda de um homem político, numa narrativa cativante e interessante, principalmente enquanto reflexão sobre a diferença entre promessas e realidades e a curta distância que separa o sucesso do infortúnio. Do mesmo autor, Mana Carocha Malmequer trata de uma mulher que espera o amado. Breve, deixa a impressão de que tudo acontece demasiado depressa. A ideia é interessante, ainda assim.

Catrapus, de Roderick Nehone apresenta um caso peculiar de empreendedorismo. Algo caricato, mas cativante quer pela ideia quer pela forma como esta é desenvolvida. Também aqui o final é... peculiar. Também do mesmo autor, mas num registo bem mais sério, Aquelas Botas Novas surge como a história de alguém que espera pelas botas de um homem morto. Breve, mas intenso, este conto marca pela forma directa de descrever a situação, conferindo-lhe um maior impacto, num caso que culmina com um perfeito rasgo de justiça poética.

Seguem-se outros dois contos, desta vez de Albino Carlos. A Violação é, como o título indica, a história de uma mulher violada enquanto, em redor, o mundo dorme. Aqui, descrições precisas de uma situação perturbadora criam um poderoso contraste entre a violência do acto e o silêncio do mundo em volta. Por sua vez, O Dia em que Nós Exterminámos os Bruxos relata a longa marcha e o último dia de um grupo de prisioneiros. Mais extenso, com um ritmo pausado e bastante descrição, este conto apresenta a descrição, com todos os pormenores, do lento caminho para a morte. Caminho que culmina num final marcante.

Em O Velho e a Lareira Tardia, de Ondjaki, um homem à beira da morte contempla o fogo. Num estilo de escrita muito próprio, a história aqui construída é simples, mas quase terna e com muito de introspecção e nostalgia. Também de Ondjaki, Dentro: Esse Lugar... é um texto ainda mais breve, quase que apenas divagação sobre uma viagem interior. Poético e introspectivo, um texto curto, mas de grande beleza.

Por último, dois contos de Gociante Patissa. Um Natal com a Avó apresenta uma mulher do campo em visita à cidade, realçando as diferenças entre meios, gerações e mentalidades, num conto algo caricato, mas interessante. Por sua vez, A Última Ouvinte conta a história de um locutor que se apaixonou por uma ouvinte do seu programa. Cativante história de ilusões e realidades, do contraste entre a voz e o corpo que a comanda e de uma busca que é tanto por alguém como pelo próprio ser, um conto envolvente e com um final comovente.

Percorridos diferentes temas, registos e estilos de escrita, a impressão que fica da leitura desta antologia é a de uma obra que marca, em primeiro lugar, pela diversidade apresentada. Alguns contos são mais marcantes que outros. De algumas histórias fica a curiosidade em saber mais. Apesar de tudo isto, o ponto mais forte desta antologia é a possibilidade de ver, nos vários contos que a constituem, uma pequena parte do muito que há a descobrir na literatura angolana. E mesmo que fosse só por isso, já valeria a pena ler.

In «Blogue As Leituras do Corvo», 22/03/12
Carla Ribeiro - carianmoonlight@gmail.com
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sábado, 7 de abril de 2012

"Ndandele kimbo, ko Monte-Belo". Como estive a trabalhar no dia 4, minha celebração do Dia da Paz foi na quinta-feira. Fomos passear à comuna natal, que dista duas horas do Lobito, à velocidade média de 80 a 110km/h.

 Recém-nascido
 Já são dois. O do fundo fica para a Cristina Galhardo Amado. Ela que se atreva a resmungar o tamanho do abacaxi, nunca mais lhe dou nada. Quem está longe, fica sempre com os sobejos heheheh
 Ligação umbilical entre mim e a fruta. Monte Belo é a comuna que nos pariu a ambos.
  Colhendo "utombo" (mandioca)
 A mana, o sobrinho, o velho Kambuta-comunal e eu.
 A preguiça da chuva
 O maboqueiro para a amiga Dulce Tavares Braga
 "Ocipundo"
 Ponte sobre o rio Kailumba, basicamente um chassis anônimo com mais de três décadas. É um inegável monumento longe dos holofotes.

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quarta-feira, 4 de abril de 2012

domingo, 1 de abril de 2012


O pior das relações mal conduzidas ao longo da história universal que terá começado com uma merdice chamada escravatura e colonizações, no que à África diz respeito, prende-se precisamente com a eternização de extremismos raciais. Os crimes devem ser punidos com base nos valores universais que protegem a vida. Seja de que etnia/raça for. É por isso mesmo muito estúpido que alguém defenda que por cada branco assassinado por negros, em retaliação se matem 30 negros, uma vez que a população branca Boer é 30 vezes menor que a de cor mais escura na África do Sul.
O artigo da Mail & Guardian Online, que nada tem a ver com o dia das mentiras, cita um tal de Andre Visagie. Possas, até quando?
http://za.news.yahoo.com/kill-30-blacks-every-white-murdered-180200968.html
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A Voz do Olho Podcast

[áudio]: Académicos Gociante Patissa e Lubuatu discutem Literatura Oral na Rádio Cultura Angola 2022

TV-ANGODEBATES (novidades 2022)

Puxa Palavra com João Carrascoza e Gociante Patissa (escritores) Brasil e Angola

MAAN - Textualidades com o escritor angolano Gociante Patissa

Gociante Patissa improvisando "Tchiungue", de Joaquim Viola, clássico da língua umbundu

Escritor angolano GOCIANTE PATISSA entrevistado em língua UMBUNDU na TV estatal 2019

Escritor angolano Gociante Patissa sobre AUTARQUIAS em língua Umbundu, TPA 2019

Escritor angolano Gociante Patissa sobre O VALOR DO PROVÉRBIO em língua Umbundu, TPA 2019

Lançamento Luanda O HOMEM QUE PLANTAVA AVES, livro contos Gociante Patissa, Embaixada Portugal2019

Voz da América: Angola do oportunismo’’ e riqueza do campo retratadas em livro de contos

Lançamento em Benguela livro O HOMEM QUE PLANTAVA AVES de Gociante Patissa TPA 2018

Vídeo | escritor Gociante Patissa na 2ª FLIPELÓ 2018, Brasil. Entrevista pelo poeta Salgado Maranhão

Vídeo | Sexto Sentido TV Zimbo com o escritor Gociante Patissa, 2015

Vídeo | Gociante Patissa fala Umbundu no final da entrevista à TV Zimbo programa Fair Play 2014

Vídeo | Entrevista no programa Hora Quente, TPA2, com o escritor Gociante Patissa

Vídeo | Lançamento do livro A ÚLTIMA OUVINTE,2010

Vídeo | Gociante Patissa entrevistado pela TPA sobre Consulado do Vazio, 2009

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