sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Socooorro: Uns acham que é "moda", outros falta de originalidade, mas não erraria quem o chamasse "parasitismo"

1. Há cá uma generalizada falta de originalidade na música Angolana que exige muitos e urgentes estudos. A gospel ou sacra não é por isso diferente. Neste momento exploro disco de um casal pastoral, que inclui um hino surgido noutra igreja entre 1989-91. Uma outra música tem a base - só que mto lenta - de No woman no cry (Bob Marley). Em nenhum dos casos se referencia o autor. Preço devenda? Mil kwanzas (USD 10)... Já nos estilos mais "recentes", RAP e Ku-duro, impera um exacerbado narcisismo e cultura do "eu". Qualquer um acha/canta/ecoa que é perseguido, conspirado, que é melhor que outro, antes mesmo de dar oportunidade ao público no sentido de avaliar a qualidade do trabalho. É como se os machos precisassem de escrever na testa que o são, o que seria um inútil exercício de esclarecer o óbvio. Arte parasitária assim... não existe! É pelo menos o que eu acho.
2. Num passado muito recente, e citando outra fonte, Paulo Flores dizia que quando o artista deixa de ouvir a sua intuição e faz apenas aquilo que o público exige, deixa de ser artista, passa a comerciante. E um comerciante tanto pode ser honesto ou desonesto. Mais acrescentaria que ultimamente há muita "mesmice musical". 
3. Sobre o mesmo fenómeno, um escritor ressaltou que há uma recorrência, não apenas de estilos e tendências melódicas, senão também de temas: ou a mulher corneou o marido, ou o marido ingrato e que não sustenta, basicamente neste padrão, como que uma leitura viciada (seria limitada?) dos problemas do nosso povo.
Gociante Patissa, 14 Janeiro 2011 
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